Descrição enviada pela equipe de projeto. O conceito prevalecente no projeto surgiu reunindo elementos que proporcionam bem estar e conforto a família, destacando referencias individuais e culturais do casal luso brasileiro.
O brutalismo do concreto aparente proporciona proteção e segurança, nesse caso uma laje única xilogravada com a memória dos sarrafos usados na forma. A praticidade do piso em concreto polido estendendo-se sob as áreas de convivência contrasta com a austeridade do tijolo aparente pintado na cor branca combinado com os nostálgicos cobogós.
As vigas invertidas possibilitaram uma laje inferior única e plana, deixando os vãos livres para serem vencidos pelas esquadrias de cedro feitas sob medida. A madeira traz conforto térmico e acústico, empregada nos painéis de jequitibá separando longitudinalmente os ambientes de convivência dos ambientes de repouso. Adotada da mesma forma na fachada principal, oculta a porta de mesmo material e possibilita um acesso mais reservado.
Por estar localizada em uma região de clima quente os quartos foram orientados a sudeste, impossibilitando o aquecimento excessivo durante a tarde. As paredes duplas de tijolo aparente seguem orientação solar norte e oeste enquanto a laje maciça impermeabilizada coberta com jardim e partes com argila expandida, proporciona beirais sobre as esquadrias protegendo-as de insolação direta.
O paisagismo é natural, com plantas e árvores já desenvolvidas distribuídas aleatoriamente, inclusive de forma grosseira, assemelhando-se a jardins comuns nos quintais das avós.
Contudo, o passeio cumpre forma ortogonal feitos com pedras de arenito rosa comuns na região, circundando todos ambientes externos.
Porém, a maior dificuldade em projetar a própria residência é nunca estar satisfeito com o resultado, sempre indagando que algo poderia ser feito diferente. Arquitetar para si é uma autocrítica constante.